Política
Relator da PEC aponta ressalvas à sugestão do governo de orçamento do BC ser definido pelo CMN
Senador Plínio Valério vê com ressalvas sugestão do governo para definição do orçamento do Banco Central
O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da autonomia financeira, do regime jurídico e de outros aspectos do Banco Central (BC), senador Plínio Valério (PSDB-AM), demonstrou preocupação com uma sugestão do governo para que o orçamento da instituição seja definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Segundo Valério, essa sugestão apresentada por técnicos do governo vai contra o que ele já produziu até o momento. O atual texto do relator estabelece que o orçamento do BC será elaborado e executado pela própria instituição, com a aprovação das despesas de custeio e investimento pelo Senado Federal.
A intenção de Plínio Valério é votar o texto da PEC na próxima reunião presencial da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, prevista para o início de setembro. A proposta visa conceder autonomia financeira ao BC, permitindo que a instituição se sustente com receitas próprias, sem a necessidade de autorização do Executivo.
Isso abriria espaço para que o Banco Central gerisse de forma mais autônoma os recursos internos, incluindo a realização de novos concursos e reajustes salariais sem interferência do governo. No entanto, associações de servidores do BC defendem que a PEC enfraquece o papel do Estado na execução da política monetária e cambial.
O governo considera a proposta de ter o orçamento do BC aprovado pelo CMN como um meio termmo. Plínio Valério ressaltou que o governo busca acertar detalhes da situação dos servidores e discutir o impacto fiscal da mudança. Uma das mudanças feitas pelo relator foi definir o BC como uma “instituição de natureza especial com autonomia técnica, operacional, administrativa, orçamentária e financeira”.
O governo se opõe a transformar o Banco Central em uma empresa pública, conforme previsto no texto original da PEC. A análise do texto havia sido adiada devido a essa discordância. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), deve se manifestar sobre a PEC ao final das negociações. A discussão sobre a autonomia financeira do BC continua e será acompanhada de perto nos próximos meses.
Política
Os municípios afetados por incêndios florestais necessitam do reconhecimento de estado de emergência pelo Governo.
O governo federal está prestes a reconhecer a situação de emergência em 45 municípios de São Paulo que foram afetados por incêndios florestais nos últimos dias. Essa decisão, que pode ser publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União nesta segunda-feira (26), permitirá que os municípios tenham acesso a recursos federais de forma facilitada, possam fazer compras sem a necessidade de licitação e ultrapassem as metas fiscais para custear ações de combate à crise.
Uma sala de situação de enfrentamento das queimadas que assolam os municípios de São Paulo foi criada para monitorar as regiões e promover ações rápidas e eficazes. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), planeja convocar uma reunião com os governadores dos estados afetados pelas chamas para discutir estratégias conjuntas de combate aos incêndios.
Para reforçar as operações de combate, três aeronaves da Polícia Militar estão atuando no combate aos incêndios. A Força Aérea Brasileira (FAB) também enviou uma aeronave KC-390 e dois helicópteros para prestar apoio às operações em andamento.
A situação grave dos incêndios em São Paulo e a resposta do governo federal e das forças de segurança são temas de relevância no cenário atual. Em meio a esses desafios, a união de esforços e a atuação conjunta entre os órgãos públicos e as autoridades locais são essenciais para minimizar os danos ambientais e proteger a população afetada. Em breve, mais informações devem ser divulgadas sobre as medidas adotadas para lidar com essa situação de emergência.
Política
Lula vai discutir além de emendas, questões ambientais com líderes da base aliada
Presidente Lula se reúne com líderes da Câmara para discutir pauta ambiental em meio a aumento de queimadas
Na tarde desta segunda-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está programado para se encontrar com líderes da Câmara dos Deputados para discutir a pauta ambiental. O cenário de queimadas no interior de São Paulo, no Pantanal e na Amazônia acendeu sinais de alerta em Brasília.
A capital federal também sofre com os impactos, amanhecendo mais um dia com o céu encoberto pela fumaça das queimadas, que se espalham das regiões brasileiras afetadas até mesmo da Bolívia. No final de semana, o governo anunciou que a Polícia Federal irá investigar as causas dos incêndios para determinar se têm origem criminosa.
A reunião entre o presidente Lula e as lideranças da Câmara foi convocada no Palácio do Planalto, com a intermediação do líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE). Estão convidados representantes de todos os partidos da base aliada, como PT, PC do B, PV, PSB, MDB, PDT, União Brasil, Republicanos, PP, PSD, Avante, Solidariedade, Rede e PSOL.
O objetivo do encontro é alinhar as prioridades do governo para o restante do ano. Durante a semana, os parlamentares devem concluir a votação do projeto de lei que regulamenta o comitê gestor da reforma tributária. Além disso, a discussão sobre o acordo para o pagamento de emendas parlamentares, iniciada na semana passada, também deve ser abordada no encontro.
O presidente Lula será representado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e pelo Advogado-Geral da União, Jorge Messias. Governo, Congresso e Supremo ainda estão trabalhando nos detalhes das medidas que visam dar mais transparência e rastreabilidade ao pagamento de emendas.
Os debates devem abordar questões como as emendas pix, direcionadas para obras inacabadas, e as emendas individuais, com critérios objetivos para identificar impedimentos técnicos. As emendas de bancada, por sua vez, deverão ser destinadas a projetos estruturantes em cada Estado e no Distrito Federal. A expectativa é que as medidas sejam delineadas nas próximas semanas para garantir a eficácia dos investimentos.
Política
Conheça as características da espingarda calibre 12, cuja compra foi suspensa pelo governo
A licitação para compra de armamentos destinados à Força Nacional, incluindo espingardas de calibre 12, será reaberta nesta terça-feira (27), de acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A decisão veio após a suspensão da licitação de R$ 244,5 milhões para a compra de armamentos, anunciada no dia 19 de julho.
A pasta suspendeu a licitação com o objetivo de fazer ajustes no documento que define as regras, parâmetros e detalhes dos itens adquiridos, conhecido como termo de referência. Entre os materiais previstos para a aquisição, estavam 7.789 espingardas de calibre 12, com o valor unitário de R$ 6.124,33. O montante total estimado para a compra seria de R$ 47.702.406,37.
Em entrevista à CNN, a diretora do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), Camila Pintarelli, explicou que as espingardas são utilizadas em diversas regiões do país, desde ambientes urbanos até terras indígenas. Todos os estados brasileiros manifestaram interesse na aquisição das espingardas, com mais de 7.500 solicitações já estimadas.
Segundo Pintarelli, as forças de segurança pública podem ter acesso aos equipamentos, desde que comprovem a finalidade para a qual serão utilizados. As especificações técnicas das espingardas incluem um trilho para acoplar acessórios, mira ajustável, capacidade para munição não letal, sistema de alimentação por tubo carregador, entre outras características.
A diretora ressaltou que as espingardas de calibre 12 são fundamentais para a política de combate à violência e destacou a importância do regulamento de segurança do armamento para evitar acidentes. A reabertura da licitação proporcionará a compra dos armamentos necessários para a Força Nacional e outras entidades de segurança pública em todo o país.