Política
Tagliaferro expressa receio de ser preso por Moraes em entrevista à CNN.
O ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, Eduardo Tagliaferro, manifestou temor de retaliação por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Tagliaferro, perito em crimes cibernéticos, era responsável pela apuração e elaboração de relatórios encomendados por Moraes, conforme informações divulgadas pela CNN Brasil.
Em entrevista à CNN, Tagliaferro mencionou que seu advogado, Dr. Kuntz, demonstrou preocupação com possíveis represálias do ministro Moraes. Ele ressaltou que, embora tenha colaborado com as investigações quando solicitado, teme pela sua segurança e integridade. Tagliaferro afirmou que atendeu aos chamados da Polícia Federal, esclareceu todos os pontos necessários e deseja identificar os responsáveis pelo vazamento de informações.
Ao relatar sobre seu trabalho no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tagliaferro mencionou ter cumprido ordens, mesmo diante de situações que considerava estranhas. Ele destacou a intensa carga de trabalho durante o período eleitoral e o grande volume de demandas recebidas. Apesar das dúvidas, ele seguiu as orientações superiores e se dedicou ao seu trabalho da melhor forma possível.
A defesa de Tagliaferro pretende buscar o trancamento do inquérito instaurado em desacordo com o Regimento Interno do STF. O advogado Eduardo Kuntz criticou a atuação do ministro Moraes, alegando abuso de poder e interferência em casos com interesses pessoais. A defesa enfatizou a importância da observância das leis e da atuação em conformidade com os princípios legais.
O inquérito conduzido por Moraes visa investigar vazamentos de mensagens que evidenciam o envolvimento do setor de combate à desinformação do TSE com o gabinete do ministro. Moraes defende a legalidade de suas ações, apesar das críticas e questionamentos. O caso envolveu vários ministros do STF e a Procuradoria-Geral da República, gerando divergências de opinião e manifestações públicas de apoio a Moraes.
A CNN Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do STF para obter esclarecimentos sobre as declarações de Tagliaferro e seu advogado. O desdobramento desse caso acompanha a tensão entre as instituições, a discussão sobre o respeito às leis e a transparência nos processos judiciais. A sociedade aguarda por respostas claras e pela garantia de que as instituições funcionem em conformidade com os princípios democráticos.
Política
Os municípios afetados por incêndios florestais necessitam do reconhecimento de estado de emergência pelo Governo.
O governo federal está prestes a reconhecer a situação de emergência em 45 municípios de São Paulo que foram afetados por incêndios florestais nos últimos dias. Essa decisão, que pode ser publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União nesta segunda-feira (26), permitirá que os municípios tenham acesso a recursos federais de forma facilitada, possam fazer compras sem a necessidade de licitação e ultrapassem as metas fiscais para custear ações de combate à crise.
Uma sala de situação de enfrentamento das queimadas que assolam os municípios de São Paulo foi criada para monitorar as regiões e promover ações rápidas e eficazes. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), planeja convocar uma reunião com os governadores dos estados afetados pelas chamas para discutir estratégias conjuntas de combate aos incêndios.
Para reforçar as operações de combate, três aeronaves da Polícia Militar estão atuando no combate aos incêndios. A Força Aérea Brasileira (FAB) também enviou uma aeronave KC-390 e dois helicópteros para prestar apoio às operações em andamento.
A situação grave dos incêndios em São Paulo e a resposta do governo federal e das forças de segurança são temas de relevância no cenário atual. Em meio a esses desafios, a união de esforços e a atuação conjunta entre os órgãos públicos e as autoridades locais são essenciais para minimizar os danos ambientais e proteger a população afetada. Em breve, mais informações devem ser divulgadas sobre as medidas adotadas para lidar com essa situação de emergência.
Política
Lula vai discutir além de emendas, questões ambientais com líderes da base aliada
Presidente Lula se reúne com líderes da Câmara para discutir pauta ambiental em meio a aumento de queimadas
Na tarde desta segunda-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está programado para se encontrar com líderes da Câmara dos Deputados para discutir a pauta ambiental. O cenário de queimadas no interior de São Paulo, no Pantanal e na Amazônia acendeu sinais de alerta em Brasília.
A capital federal também sofre com os impactos, amanhecendo mais um dia com o céu encoberto pela fumaça das queimadas, que se espalham das regiões brasileiras afetadas até mesmo da Bolívia. No final de semana, o governo anunciou que a Polícia Federal irá investigar as causas dos incêndios para determinar se têm origem criminosa.
A reunião entre o presidente Lula e as lideranças da Câmara foi convocada no Palácio do Planalto, com a intermediação do líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE). Estão convidados representantes de todos os partidos da base aliada, como PT, PC do B, PV, PSB, MDB, PDT, União Brasil, Republicanos, PP, PSD, Avante, Solidariedade, Rede e PSOL.
O objetivo do encontro é alinhar as prioridades do governo para o restante do ano. Durante a semana, os parlamentares devem concluir a votação do projeto de lei que regulamenta o comitê gestor da reforma tributária. Além disso, a discussão sobre o acordo para o pagamento de emendas parlamentares, iniciada na semana passada, também deve ser abordada no encontro.
O presidente Lula será representado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, e pelo Advogado-Geral da União, Jorge Messias. Governo, Congresso e Supremo ainda estão trabalhando nos detalhes das medidas que visam dar mais transparência e rastreabilidade ao pagamento de emendas.
Os debates devem abordar questões como as emendas pix, direcionadas para obras inacabadas, e as emendas individuais, com critérios objetivos para identificar impedimentos técnicos. As emendas de bancada, por sua vez, deverão ser destinadas a projetos estruturantes em cada Estado e no Distrito Federal. A expectativa é que as medidas sejam delineadas nas próximas semanas para garantir a eficácia dos investimentos.
Política
Conheça as características da espingarda calibre 12, cuja compra foi suspensa pelo governo
A licitação para compra de armamentos destinados à Força Nacional, incluindo espingardas de calibre 12, será reaberta nesta terça-feira (27), de acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A decisão veio após a suspensão da licitação de R$ 244,5 milhões para a compra de armamentos, anunciada no dia 19 de julho.
A pasta suspendeu a licitação com o objetivo de fazer ajustes no documento que define as regras, parâmetros e detalhes dos itens adquiridos, conhecido como termo de referência. Entre os materiais previstos para a aquisição, estavam 7.789 espingardas de calibre 12, com o valor unitário de R$ 6.124,33. O montante total estimado para a compra seria de R$ 47.702.406,37.
Em entrevista à CNN, a diretora do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), Camila Pintarelli, explicou que as espingardas são utilizadas em diversas regiões do país, desde ambientes urbanos até terras indígenas. Todos os estados brasileiros manifestaram interesse na aquisição das espingardas, com mais de 7.500 solicitações já estimadas.
Segundo Pintarelli, as forças de segurança pública podem ter acesso aos equipamentos, desde que comprovem a finalidade para a qual serão utilizados. As especificações técnicas das espingardas incluem um trilho para acoplar acessórios, mira ajustável, capacidade para munição não letal, sistema de alimentação por tubo carregador, entre outras características.
A diretora ressaltou que as espingardas de calibre 12 são fundamentais para a política de combate à violência e destacou a importância do regulamento de segurança do armamento para evitar acidentes. A reabertura da licitação proporcionará a compra dos armamentos necessários para a Força Nacional e outras entidades de segurança pública em todo o país.